Nanorrobô
de DNA encontra sua carga e leva até o destino
Com
informações da Science - 15/09/2017
Ilustração
conceitual dos nanorrobôs de DNA selecionando sua carga - os pesquisadores
reconhecem que há uma considerável "licença artística" nessa
ilustração, em comparação com as moléculas reais.
[Imagem: Ella Maru
Studio/Science]
Robô de DNA
Não faz muito tempo que os nanorrobôs de DNA deram seus primeiros
passos e começaram a mexer os braços, mas parece
que eles estão ficando bons nisso.
Anupama Thubagere, do Instituto
de Tecnologia da Califórnia, reuniu várias abordagens que vêm sendo utilizadas
na construção dessas nanomáquinas de DNA e
construiu um "nanorrobô humanoide" - ele possui dois pés e dois
braços, o que permite que ele ande e ainda carregue uma carga.
O robô se move ao longo de pistas
fabricadas com a técnica de origami de DNA. Apenas um pé pode ficar ancorado
a uma faixa da pista em um determinado momento; portanto, quando um pé pisa na
pista, o outro fica livre.
Robô carregador
O nanorrobô anda aleatoriamente
ao longo da pista até encontrar o objeto projetado para ser transportado, neste
caso, uma molécula fluorescente ou uma cadeia de DNA que se liga aos braços do
robô.
Ele pega a carga e continua a se
mover sem rumo ao longo da pista, até encontrar uma fita de DNA sintetizada
para ser seu objetivo - a fita-objetivo captura automaticamente a carga do
robô.
Os minúsculos robôs apresentaram
até 80% de chance de fazer uma entrega bem-sucedida.
Depois de cumprir sua tarefa, o
robô fica livre para explorar outros locais na superfície da pista e pegar
outra carga que ele encontre.
Melhorias e aplicações
O único inconveniente da técnica
é que ela é extremamente lenta - cada passo do nanorrobô leva cinco minutos e o
transporta a uma distância de seis nanômetros - ele não é tão rápido quanto os nanocarros, que já apostam corrida.
A equipe sugere que o tempo
necessário para que os robôs entreguem a sua carga poderá diminuir
drasticamente se eles forem equipados com "caudas" de cadeia simples,
ou usando motores de proteínas programados pelo DNA. É o que eles pretendem
fazer a seguir.
Embora o experimento por si só
seja uma demonstração da sofisticação que a nanotecnologia atingiu, o objetivo
final é ter usos práticos. Por exemplo, os robôs de DNA poderão ser usados para
montar compostos químicos, reorganizar nanopartículas em circuitos eletrônicos
ou para levar medicamentos pelo interior do corpo humano.
Bibliografia:
A cargo-sorting DNA robot
Anupama J. Thubagere, Wei Li, Robert F. Johnson, Zibo Chen, Shayan Doroudi, Yae Lim Lee, Gregory Izatt, Sarah Wittman, Niranjan Srinivas, Damien Woods, Erik Winfree, Lulu Qian
Science
Vol.: 357, eaan6558
DOI: 10.1126/science.aan6558
A cargo-sorting DNA robot
Anupama J. Thubagere, Wei Li, Robert F. Johnson, Zibo Chen, Shayan Doroudi, Yae Lim Lee, Gregory Izatt, Sarah Wittman, Niranjan Srinivas, Damien Woods, Erik Winfree, Lulu Qian
Science
Vol.: 357, eaan6558
DOI: 10.1126/science.aan6558
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